O pé cavo é aquele que tem a abóboda ou “arco" plantar do pé aumentado. Ele pode estar associado a diversas deformidades, como varismo do calcâneo ( calcanhar “virado para dentro”), garras dos dedos, encurtamento de tendões e calos. Pode ser percebido por algumas pessoas como se elas “pisassem para fora”, notando um desgaste maior dos calçados na sua borda externa.
Esse tipo de pé pode ser idiopático ( sem uma causa definida) ou associado a diversas anomalias neurológicas que provocam um desbalanceamento da musculatura, destacando-se uma doença chamada Charcot-Marie-Tooth, que compromete a bainha de mielina dos nervos periféricos.
O pé cavo geralmente começa flexível e vai progredindo até se tornar rígido, podendo nos casos mais graves evoluir para artrose das articulações.
Pela possibilidade de doença neurológica associada, sempre deve ser feita uma investigação atenta para descartar essas patologias. Além disso, em geral são solicitadas radiografias para melhor avaliação e outros exames em casos específicos.
O tratamento pode variar desde palmilhas até cirurgias de artrodese nos casos mais avançados, passando por uma grande gama de osteotomias e transferências musculares possíveis.
É importante sempre avaliar cada caso de forma individualizada e prescrever o tratamento conforme as necessidades, descartando possíveis doenças associadas e evitando o aumento das deformidades.